quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Em nome da Ética

Sempre tive receio em falar sobre a ética da biossegurança em público. Entretanto, tomei coragem e decidi expor o que penso sobre estudos  com células - tronco embrionárias. =]]

    Desde que o homem vive em sociedade, tudo aquilo que não pode ser explicado ou exatificado, se converte em convenção, e a ciência que tanto repele convenções infelizmente vem caindo em uma delas. Assim como convencionou-se quando ocorre e o que é a morte pela ciência, convencionou-se como e quando a vida surge. É justamente partindo desse ponto que os atuais cientistas negam estar sacrificando humanos em potencial quando realizam estudos com células-tronco embrionárias.
  Muito se fala e espera sobre essa temática, pois de fato as promessas advindas dela são muito entusiasmantes. O fantasma de doenças como diabetes, problemas cardiovasculares, seria exterminado, além das grandes filas de espera por órgãos. Porém, o que a mídia e a comunidade científica não divulgam, são os males que podem ser trazidos e o atentado contra a vida, camuflado por essas expectativas.
   Se hoje a Terra é habitada por seres humanos, é porque algum dia cada um de nós foi um embrião, o qual já continha o genoma que presidiu e preside o desenvolvimento desde o nascimento até a morte. Logo, o que para muitos não passa de um amontoado de células em seus primeiros estágios de desenvolvimento, é o estoupim para uma longa jornada, neste caso viver. Como é possível então alegar que numa situação extra-uterina não há vida? Essa indagação permanece envolta por reticências.
    Os geneticistas afirmam que essa linha de pensamento é ilógica, arcaica, pois muitos desse embriões não se tornam humanos realmente. Porém, estes embriões só não se tornam humanos de fato, pois milhares são descartados, como uma mercadoria que se estragou após três anos. É o que presenciamos hoje, "fábricas" de humanos que terão sua demanda aumentada, uma vez que o extermínio pode gerar o benefício de outros, além de adquirir um caráter comercial. A biossegurança neste caso não conseguirá manter a ordem.
    O que vale também ser ressaltado, é que a partir de pesquisas, chegou-se à hipótese de que células-tronco embrionárias podem propagar o câncer em pessoas afetadas por este, além do mais, estas podem ser extremamente resistentes à quimioterapia. No caso se estas são as raízes do tumor, ele pode voltar a se desenvolver. Não vale à pena curar uma mal e gerar outro. O que vale à pena é ser a favor dos princípios éticos e da própria vida.

Lisi B.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Criação do tempo

Antes de inaugurar o blog, é importante me apresentar. Prazer leitor, me chamo Lisi, sou estudante, e gosto de expor minhas idéias, além de me tornar receptora de novas concepções, novos pensamentos.
Decidi começar por um tema que me indaga, o que é o tempo?

     O tempo é o constante campo de batalha entre o passado e o futuro; e o presente é a linha vermelha, a fronteira de combate entre ambos. Entretanto, importante mesmo é saber quem criou esse campo de batalha, para assim entender com funcionam os “conflitos” contidos neste.
     O tempo não é algo que existe desde quando o universo se formou, mas algo que surgiu a partir do aparecimento de uma nova criatura, o homem. Conforme o homem foi evoluindo e compreendendo mais o espaço em que vive, ele foi sentindo a necessidade de se organizar para continuar sobrevivendo. A partir do momento em que nossos ancestrais pararam de ser nômades, passaram a desenvolver a agricultura e para plantar era preciso saber a época de fertilidade de cada vegetal. Surgiu assim então o estudo da astronomia e consequentemente os calendários.
     Com o avanço da organização do tempo, a humanidade passou por um estrondoso processo evolutivo, adquirindo para si cada vez mais tarefas diárias. Assim começava um processo de vivência em sociedade em que já não se podia mais perder tempo. A contagem das horas antes feita por ampulhetas, precisou se tornar mais acessível. Um gênio, Santos Dumont, captou esta idéia e criou o relógio mecânico de pulso.
     O homem passou então a ter controle do tempo cronológico, ou pelo menos controle sobre a contagem deste. Mas, acabou confundindo controle de tempo cronológico com domínio sobre tempo histórico, ou seja, passado, presente e futuro. Partindo para uma análise atual, podemos verificar que as pessoas por realizarem essa confusão, acabam se sobrecarregando de tarefas, e depois lamentam por não poderem modificar uma ação já ocorrida, ou uma que está por vir.
     A grande realidade é que a humanidade não pode ter o controle sobre uma coisa que ela mesma criou. É justamente aí que se encontra o campo de batalha envolvendo passado e futuro. O passado não pode ser modificado, o presente é apenas uma faixa transitória de acontecimentos, e o futuro não pode ser previsto. Esse campo de batalha, o tempo, só deixará de ser utilizado como local de confronto quando quem o conceituou como tempo deixar de existir, ou seja, a espécie humana. E assim, ele também se extinguirá.