Desde que o homem vive em sociedade, tudo aquilo que não pode ser explicado ou exatificado, se converte em convenção, e a ciência que tanto repele convenções infelizmente vem caindo em uma delas. Assim como convencionou-se quando ocorre e o que é a morte pela ciência, convencionou-se como e quando a vida surge. É justamente partindo desse ponto que os atuais cientistas negam estar sacrificando humanos em potencial quando realizam estudos com células-tronco embrionárias.
Muito se fala e espera sobre essa temática, pois de fato as promessas advindas dela são muito entusiasmantes. O fantasma de doenças como diabetes, problemas cardiovasculares, seria exterminado, além das grandes filas de espera por órgãos. Porém, o que a mídia e a comunidade científica não divulgam, são os males que podem ser trazidos e o atentado contra a vida, camuflado por essas expectativas.
Se hoje a Terra é habitada por seres humanos, é porque algum dia cada um de nós foi um embrião, o qual já continha o genoma que presidiu e preside o desenvolvimento desde o nascimento até a morte. Logo, o que para muitos não passa de um amontoado de células em seus primeiros estágios de desenvolvimento, é o estoupim para uma longa jornada, neste caso viver. Como é possível então alegar que numa situação extra-uterina não há vida? Essa indagação permanece envolta por reticências.
Os geneticistas afirmam que essa linha de pensamento é ilógica, arcaica, pois muitos desse embriões não se tornam humanos realmente. Porém, estes embriões só não se tornam humanos de fato, pois milhares são descartados, como uma mercadoria que se estragou após três anos. É o que presenciamos hoje, "fábricas" de humanos que terão sua demanda aumentada, uma vez que o extermínio pode gerar o benefício de outros, além de adquirir um caráter comercial. A biossegurança neste caso não conseguirá manter a ordem.
O que vale também ser ressaltado, é que a partir de pesquisas, chegou-se à hipótese de que células-tronco embrionárias podem propagar o câncer em pessoas afetadas por este, além do mais, estas podem ser extremamente resistentes à quimioterapia. No caso se estas são as raízes do tumor, ele pode voltar a se desenvolver. Não vale à pena curar uma mal e gerar outro. O que vale à pena é ser a favor dos princípios éticos e da própria vida.
Lisi B.