E aí galera, tudo em ordem? Hoje decidi que discutiria sobre um tema pouco lembrado em meio ao nosso individualismo ...
Num mundo tão marcado pelo individualismo, e que a cada dia se distância mais da convivência harmoniosa entre humanos, torna-se difícil acreditar e relembrar que as duas mais importantes faíscas da chama da paz continuam ativas. A rotina frenética nos fez esquecer que a solidariedade e a esperança são quem condicionam as nossas relações sociais, além de nos alienar com a idéia de que a esperança não é última que morre, e sim a primeira.
Esse processo de esquecimento e frieza teve seu complexo de ativação quando o homem passou a acreditar que poderia caminhar somente com suas próprias pernas, e edificar impérios com os próprios braços. Isso é bem verificável nas ideologias capitalistas, principalmente na norte americanas, que acreditam que todos sempre têm as mesmas oportunidades, e abraçá-las com força é uma questão de competência pessoal. O fato é que pensar que o caminho pessoal é construído individualmente, é ilusão.
Nascer parece simples, entretanto até para isto um dia precisamos da solidariedade e da esperança. Da primeira, para nos retirar do aconchegante porém temporário leito materno, da segunda para nos trazer de modo acolhedor e confiante à vida. É justamente nesse ponto que entendemos que nosso caminho já se inicia com o auxílio de outras mãos. Logo, viver é estar constantemente conectado com o próximo, e como numa construtora civil, edificar as estruturas da boa convivência.
Porém, como a mão que executa o violão continua sendo aquela que origina a guerra, como diria Marcos Valle, é preciso que o ânimo e a confiança volte a habitar a consciência de cada um, pois os atuais males do século, a depressão, a solidão, atingem milhares de indivíduos. Se abraços, sorrisos e o simples ato de auxiliar aquele que cai fossem produzidos em série, a cura para tais males já teria sido efetivada.
Viver é muito mais do que fechar-se em quatro paredes. Viver é portar-se como uma célula que ligada a outras constitui tecidos, órgaos, sistemas e por fim este grande organismo que chamamos de civilização humana. Se estas células falharem individualmente, os danos serão medianos; se falharem em conjunto, serão preocupantes , entretanto se atuarem de modo efetivo, o funcionamento harmonioso de tal organismo será preciso, perfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário