Obscuridade
Se procuras saber quem de fato sou
Leia-me, mas não com olhos desatentos
Leia-me como uma carta anônima,
Leia-me como um enigma.
Só não me leia como um bilhete bobo de amor
Pois bilhetes bobos de amor são apenas pedaços de papel
Papéis que por vezes trazem certa nostalgia
e nostalgia, ah, esta não cabe a ti, a mim.
O que cabe a nós é o agora.
Desvende-me como quem analisa a alma.
Esqueça o que dizem minhas palavras vazias,
Concentre-se no que dizem meus olhos.
Verás então que o que estes dizem, é o que dizem os seus.
Leia-me; duas ou três vezes, se preciso for;
Entenda-me...
E, depois, corrija-me e me escreva novamente.
Lisi B.
Nossa, que poema maravilhoso Lisi!
ResponderExcluir